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"Djabja" - um filme de animação soviético, feito na casa de cinema Lenfilm em 1938, inspirado numa história nanaiana. Este foi o primeiro filme do realizador Mstislava Pashchenko. A versão a cores foi restaurada em 2013.
À beira de um grande rio, numa casinha, vivia a velha rabugenta chamada Djabja. Com ela moravam uma menina, um cachorrinho e uma rã. A menina, o cachorrinho e a rã juntavam lenha e faziam todo o trabalho da casa. À noite, quando a Djabja ia para a floresta, a menina e os seus amigos cozinhavam o jantar para ela.
Enquanto isso, um urso entrou na casa. A menina e os amigos esconderam-se dele. O urso comeu e levou consigo o jantar que tinha sido preparado para a Djabja. Quando a Djabja voltou para casa, ficou furiosa por não haver jantar. A velha correu atrás da menina, do cão e da rã, com um pau na mão. Mas eles subiram a uma árvore muito alta e pularam para a Lua. A Djabja também tentou subir na árvore, mas escorregou e ficou pendurada em um galho.
Os créditos finais dizem: «E a menina, o cachorrinho e a rã vivem na Lua desde então. Estão sempre lá à vista.»
Os espectadores e a imprensa estavam todos de acordo em dar uma avaliação positiva ao filme. O famoso historiador de cinema soviético Ginzburg, no seu livro "Filme Desenhado e de Marionetas" (1957), destacou que o filme "Djabja" foi merecidamente reconhecido pelo público e pela crítica como um dos melhores filmes de animação soviéticos dos anos 30, pois capturou com amor e um humor caloroso as características dos heróis desenhados. Ele destacou-se pela extraordinária atenção a todos os aspectos da realização do filme, a precisão dos movimentos e das expressões, e a cuidadosa escolha das cores. O cineasta afirmava: "Em nenhum dos filmes de animação antes da guerra a cor foi utilizada de forma tão boa e completa como em 'Djabja'.
"Djabja" destacava-se pela sua interessante solução cromática e pela sofisticação do desenho, - está escrito na "História do Cinema Soviético" (1973).
O famoso realizador de animação Ivanov-Vano escrevia que o filme surpreendia, "como um relâmpago em céu limpo", os seus personagens eram "vibrantes, exuberantes, autênticos" "e ao mesmo tempo moviam-se de forma expressiva, atuavam". Segundo ele, "tanto a velha malvada como a doce menina impressionavam pela sua imaginação".
O crítico de cinema Asenin considerava o filme como um dos melhores filmes infantis da sua época: "Um dos melhores filmes infantis desse tempo, feito pelos mestres da animação da produtora 'Lenfilm', foi 'Djabja' (1939), o primeiro trabalho independente do talentoso realizador Mstislav Pashchenko, onde o conto nanai ganhou uma apresentação vibrante em termos de cor nacional e características dos personagens". Ele também frisou que Mstislav Pashchenko criou "um filme original em termos de design, 'Djabja', que mostrou um exemplo brilhante do uso de desenvolvimento e estilização do folclore nacional autêntico dos povos do Norte na animação".
No primeiro trabalho como realizador do Paschenko, o historiador de cinema Izvolov viu "certas características da influência da gráfica de Tzehankovsky". Ele ainda comentou que o filme "se afasta dos detalhes do cotidiano e do estilismo, em direção à precisão psicológica do comportamento infantil".
A crítica de cinema Malukova, no prefácio da "Enciclopédia da Animação Nacional" (2006) e no seu livro "SUPER/CINEMA" (2013), avaliou o filme como uma "pérola do clássico da animação pré-guerra": "Djabja" é uma lírica da mais alta qualidade, um animador impecável, com um colorido nacional e um estilo "rústico" e conciso, que não se dirige à etnografia, mas sim ao próprio espírito do norte. A solução cromática requintada ainda impressiona até hoje.
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